CIDADE PARTIDA: TURNÊ DE LANÇAMENTO DO SINGLE DE JANEIROS,Shows gratuitos com acessibilidade e ações afirmativas celebram o afrorock suburbano e a nova cena periférica carioca

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Esse Tal de Rock ‘N’ Roll, apresentam CIDADE PARTIDA: Turnê de lançamento “de Janeiro”.
A banda Cidade Partida, expoente do afrobeat psicodélico da Zona Oeste carioca, embarca em uma mini turnê de lançamento do single “de Janeiro”. Com shows gratuitos e inclusivos, a circulação passa por três locais estratégicos do Estado do Rio de Janeiro: dia 10 de maio no Casarão, em Seropédica, dia 23 de maio na Fundação Mário Peixoto, em Mangaratiba, e dia 13 de junho, na Casa Bosque, no Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande.
A turnê tem como objetivo democratizar o acesso à música autoral feita nas periferias e fomentar a integração de territórios frequentemente negligenciados culturalmente. Além dos shows, o público poderá participar ativamente do projeto através da entrada solidária: 1 kg de alimento não-perecível, destinado a instituições sociais locais. Todos os eventos contarão com interpretação em LIBRAS, garantindo a acessibilidade para o público surdo.

Sobre o Single “de Janeiro”
“de Janeiro” é uma faixa de caráter combativo e sociológico, trazendo reflexões sobre a precarização dos direitos humanos, a desigualdade socioespacial e a repressão histórica sofrida pelo povo preto e a classe trabalhadora. Com letra forte e provocadora, o single estabelece um diálogo crítico com símbolos nacionais e questiona o verdadeiro significado da cidadania para os moradores das zonas periféricas
Cantada a partir das ruas e vielas da periferia carioca, “de Janeiro” é um grito poético contra o monopólio aristocrata, a violência de Estado e a falsa ideia de que a escravidão acabou. Uma música que expõe as contradições profundas da cidade maravilhosa — aquela que, além das praias e cartões-postais, também é feita de fardas sujas, muros invisíveis e corpos invisibilizados. Com lirismo ácido e crueza social, a letra de “de Janeiro” denuncia a opressão cotidiana enfrentada por quem vive longe da “zona luminosa” das elites.
Sobre a Cidade Partida

Formada por Brenno Honaine (guitarra), Genesis Chagas (bateria e vocal), Luan VillaNova (guitarra e vocal), Maju Lacaille (vocal), Pi (técnico de som), William Lima (percussão), Oklin Rimador (MC) e Renzo Vivano (baixo e vocal), a Cidade Partida é um grupo independente, periférico e suburbano, oriundo de Campo Grande, Zona Oeste carioca.
A partir das diferentes influências de seus integrantes, a sonoridade da Cidade Partida é “resultado” do encontro de distintos gêneros e ritmos musicais emergidos e/ou influenciados pela cultura africana, afrodiaspórica e afro-brasileira. Sua musicalidade mescla diversas linguagens e gêneros sonoros, desde a energia bruta do afro-rock psicodélico, nuances de afro-indie, ao experimentalismo do afromaximalismo e do improviso livre, resultando em uma sonoridade febril, torta, marginal e profundamente conectada às urgências urbanas, criando uma psicodelia abrasiva e carregada de crítica social.
Materializando a diversidade da brasilidade sonora e marginal que pulsa nos espaços opacos do Rio de Janeiro, a banda expressa — através de suas ações, composições e apresentações — um pouco da vivência numa metrópole caótica, estratificada (social/racial e espacialmente) e desigual, manifestando ideias e versos em um contexto de desigualdades socioespaciais, além de abordar determinadas problemáticas inerentes à vida da classe trabalhadora, que é majoritariamente negra e, historicamente, invisibilizada, negligenciada e silenciada no país. As letras abordam temas como mobilidade urbana, racismo estrutural, violência institucional e a complexa geografia das cidades partidas pela desigualdade.

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