Dia Mundial da Pneumonia: pediatra alerta para pneumonias adquiridas na comunidade em crianças.

No Dia Mundial da Pneumonia, 12 de novembro, a atenção de pais e responsáveis se volta para uma das doenças respiratórias mais perigosas entre as crianças: a pneumonia. A doença, que afeta milhões de pequenos anualmente, nem sempre apresenta sintomas claros, dificultando o diagnóstico precoce e, em muitos casos, agravando o quadro.

Segundo a Unicef, mais de 2.200 crianças morrem diariamente em todo o mundo por pneumonia não diagnosticada ou por falta de tratamento em fase inicial. Anualmente, a doença mata mais de 800 mil crianças com menos de cinco anos, incluindo mais de 153 mil recém-nascidos.

Quando levar à Emergência?

Claudio Ortega, pediatra de Niterói, ressalta que certos sinais requerem atenção imediata e indicam a necessidade de procurar auxílio médico:

Em crianças menores de dois anos: qualquer dificuldade em respirar ou respiração muito rápida.

Em crianças maiores de dois anos: presença de falta de ar, febre alta que não cede, e sensação de mal-estar generalizado.

Crianças com condições de risco (como doenças crônicas ou prematuras): precisam de uma vigilância ainda maior, com atenção redobrada aos primeiros sinais de complicação.

Pneumonia: sintomas, prevenção e tratamento

A pneumonia é uma infecção pulmonar que pode ser causada por vírus, como o vírus sincicial respiratório, ou por bactérias. Em crianças, os casos geralmente surgem após complicações de bronquites, gripes e resfriados, e até mesmo de doenças mais graves como sarampo, COVID-19 ou varicela.

Em bebês, identificar os sintomas pode ser mais desafiador, pois eles ainda não conseguem expressar o desconforto de forma clara. Por isso, os pais devem estar atentos a qualquer mudança de comportamento, como apatia, perda de apetite ou respiração mais acelerada. “Nos menores de um ano, principalmente os que estão iniciando a vida em creches, a atenção dos responsáveis precisa ser ainda maior”, frisa Ortega.

Entre os sintomas mais comuns estão febre elevada, dificuldade em respirar, fraqueza, tosse com secreção e choro frequente. Nos casos mais graves, pode haver respiração ofegante e esforço visível ao respirar, com movimentos acentuados das costelas e do abdômen.

Para prevenir a pneumonia, Ortega recomenda cuidados essenciais como higiene rigorosa, alimentação adequada, amamentação e manter as vacinas sempre em dia. “Lavar as mãos com frequência e garantir que a criança tenha boas noites de sono também ajudam muito a evitar a doença”, orienta.

Tratamento

O tratamento da pneumonia varia conforme a gravidade do caso e o agente causador. Pneumonias virais exigem medicamentos antivirais, enquanto as bacterianas são tratadas com antibióticos. Nos quadros mais severos, pode ser necessária hospitalização, com suporte de oxigênio, hidratação intravenosa e outros cuidados especializados.

Em crianças saudáveis, o tratamento costuma durar entre sete e 14 dias. No entanto, em pequenos com comorbidades, o processo pode levar mais tempo. “É essencial que a criança seja acompanhada de perto pelo pediatra, especialmente nos primeiros dois anos de vida, para prevenir não só a pneumonia, mas também outras doenças”, conclui Ortega, reforçando a importância de consultas regulares para garantir um desenvolvimento saudável e prevenir complicações.

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