Entenda como respeitar as diferenças culturais pode enriquecer os ambientes empresariaisO diretor geral da mhconsult Rogério Babler explica porque uma cultura forte começa com a consonância entre os valores organizacionais e individuais.

No cenário corporativo atual, a diversidade cultural é um tema cada vez mais relevante e essencial para o sucesso das organizações. No entanto, muitas empresas ainda enfrentam desafios ao tentar conciliar seus valores organizacionais com as diferenças culturais de seus colaboradores. Sob essa perspectiva, Rogério Babler, diretor geral da mhconsult, compartilha insights valiosos sobre como as empresas podem criar um espaço inclusivo, ao mesmo tempo em que respeitam as identidades e individualidades de seus membros.
“Outro dia fui almoçar com um cliente, diretor de RH de uma grande multinacional para a América Latina, que sempre traz boas provocações em nossos almoços e dessa vez não foi diferente. Torna-se cada vez mais necessário que as empresas se questionem se realmente desejam criar uma cultura que verdadeiramente celebre a diversidade, pois o que geralmente acontece é uma confusão entre os valores organizacionais e diferenças culturais dentro de uma empresa. O ideal é que os trabalhadores se identifiquem com os valores da empresa, através de comportamentos observáveis de todos seus componentes, mas, ao mesmo tempo, precisam ter suas identidades culturais devidamente respeitadas e valorizadas”, diz Rogério.

Valorizar as diferenças para promover a pluralidade
O diretor explica que ao valorizar as diferenças culturais, as empresas podem enriquecer seu ambiente organizacional e promover um espaço mais inclusivo, pois o essencial é que os colaboradores estejam alinhados com os valores da empresa. “Por exemplo, se um valor organizacional é o bom humor, o que importa é que todos pratiquem atitudes otimistas no cotidiano e para o futuro, independentemente de como se vestem ou de suas origens”, explica Babler.
Rogério destaca ainda que escolhas religiosas, orientações sexuais e preferências políticas também não deveriam definir uma cultura organizacional, pois se trata das características, escolhas e/ou preferências pessoais e essas individualidades deveriam ser respeitadas e incentivadas. “Em outro exemplo, se o valor da empresa é a confiança, não importa em quem eu voto ou quais sejam as minhas crenças, mas sim em como eu confio em mim, no negócio e nas pessoas ao meu redor”.

Desafiando vieses inconscientes
Outro desafio enfrentado pelas empresas é lidar com os vieses inconscientes que podem influenciar a tomada de decisões e o tratamento dos colaboradores. Assim, Babler enfatiza a importância de sempre se apoiar em narrativas e compartilhar práticas que engajem e conectem as pessoas, além de fornecer feedbacks frequentes e estabelecer clareza sobre papéis e responsabilidades para lidar com os vieses.
“Visualize e descreva uma pessoa do setor financeiro – ela está usando terno? Agora uma pessoa de criação de uma agência – ela está toda tatuada e usando piercings? Se você disse sim, lhe apresento para seus vieses. Obviamente essa foi uma abordagem simplista, mas dá o tom do que acontece. Nós contratamos pessoas diversas, mas quando elas entram na empresa queremos que elas se modifiquem e se adaptem ao status quo. Se não se adaptam dizemos que elas não tiveram fit com a cultura. Por isso reflito: o fit deve ser com a cultura, ou com os valores organizacionais?”, questiona Rogério.
Dessa forma, Babler destaca que ao reconhecer e valorizar as diferenças culturais de seus colaboradores, as empresas podem criar uma cultura organizacional mais plural e inclusiva, que incentiva a diversidade e o respeito mútuo. “Atitudes que consequentemente levam a resultados melhores e um ambiente de trabalho mais satisfatório, o que também faz com que a empresa alcance novos patamares de excelência”.

O que é a mhconsult?
Com o objetivo de desenvolver pessoas capacitadas para os negócios, a mhconsult entende que cada empresa atendida é única e possui desafios, negócios e pessoas diferentes, portanto, oferece soluções adaptadas e acredita que ouvir com atenção e fazer boas perguntas é fundamental para um processo de criação.
A mh ainda promove a geração de ideias e a colaboração para transformar pessoas, modelos de gestão e organizações, além de apoiar a integração de estratégias à cultura para possibilitar mudanças e desenvolver experiências criativas de aprendizagem.

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