Após grandes mudanças sob a gestão de John Textor, clube carioca chega a primeira final de Libertadores em sua história
Em um excelente momento na temporada, o Botafogo vive a expectativa da reta final do Campeonato Brasileiro e da inédita decisão na Libertadores. Com poucas rodadas para o encerramento do Brasileirão, o Alvinegro lidera na tabela e luta contra o fantasma do ano passado na busca pelo troféu que não vem desde 1995. Na Libertadores, mesmo após a derrota na última quarta-feira (30) para o Peñarol por 3 a 1, no Estádio Centenário, a equipe comandada por Artur Jorge avançou para a decisão da competição continental após ter ganhado por 5 a 0 em casa. A finalíssima contra o Atlético-MG marcada para o dia 30 de novembro, ocorrerá em Buenos Aires, no Monumental de Núñez, estádio que pertence ao River Plate. Esta será a sexta final em que dois times brasileiros serão protagonistas.
Após ser comprado por John Textor, o Botafogo passou por uma reestruturação dentro e fora dos gramados. A começar pela gestão financeira, Textor reestruturou todo o elenco de maneira consciente e promovendo contratações pontuais para o clube que estava recém-promovido para a Série A. Outro ponto que teve grande destaque na gestão do empresário norte-americano foi a identidade visual. No uniforme, a substituição do branco pelo tradicional off-white. As redes sociais tomaram o mesmo caminho, trazendo a estética do clube “mais tradicional do Brasil”, reforçando sua base histórica de sucesso entre o time carioca e o futebol brasileiro.
Um dos aspectos da parte visual que passou por uma transformação foi a mascote do clube. Em 2024, o Botafogo apresentou Bira, com a proposta clara: criar um símbolo que não só atraísse os torcedores mais jovens, mas que também representasse a força e a garra da equipe dentro de campo. Bira foi um dos apontados como pé quente para o Botafogo. Pouco tempo após sua introdução, em julho deste ano, essa conexão foi eternizada com a inauguração de uma estátua de Bira no Estádio Nilton Santos, obra do renomado artista plástico Rafael Brancatelli. Com mais de quatro metros de altura e pesando cerca de 400 kg, a escultura não apenas simboliza a nova era do Botafogo, mas também celebra o legado e a tradição do clube.
Apesar da sua recente inserção, Bira rapidamente conquistou o carinho dos torcedores e se tornou uma presença marcante e querida nos jogos do clube, pois é um cão com aspecto mais feroz, voltado para o público de adolescentes e jovens adultos. “A criação do Bira foi um desafio interessante”, comenta Brancatelli. “Queríamos uma mascote que mostrasse força, poder e garra, mas que ao mesmo tempo transmitisse uma mensagem positiva e de incentivo para os torcedores. Conseguimos chegar neste equilíbrio, criando uma figura que representa o espírito do Botafogo”, explica.
O impacto de Bira vai além de sua aparência. A estátua, posicionada estrategicamente no estádio, tem sido vista como um amuleto de sorte pela torcida alvinegra. E com o Botafogo à beira de conquistar seu primeiro título de Libertadores, a imagem da mascote “pé quente” só fortalece essa superstição.Vale lembrar que esse tipo de modernização das mascotes não é exclusivo do Botafogo. Outros clubes brasileiros também têm adotado essa estratégia para conectar tradição e inovação. O Atlético Mineiro, possível adversário do Fogão na final da Libertadores, modernizou seu Galo Carijó em 2018, tornando-o mais robusto e visualmente atraente, especialmente em produtos licenciados. O Bahia seguiu um caminho similar em 2019, reformulando seu “Super-Homem Tricolor” para alinhar a imagem da mascote ao novo momento do clube, que vinha investindo fortemente em marketing e presença digital.
O momento atual do Botafogo reflete uma junção entre o passado recente e o presente de um clube estruturado. À medida que se aproxima de uma possível conquista histórica na Libertadores, a figura do Bira se consolida como um símbolo de sorte, força e união entre os torcedores. “O Botafogo continua escrevendo uma história linda, e reafirmar isso através de uma obra tão importante para seus torcedores me deixa muito feliz”, finaliza Rafael.
Sobre Rafael Brancatelli
Rafael Brancatelli é um artista brasileiro conhecido por representar a natureza através da arte. Suas obras são verdadeiras celebrações do reino animal, elas captam de forma única a sua essência e significado em cada escultura. Liderando uma talentosa equipe multidisciplinar, vem fazendo esculturas e pinturas exclusivas para clientes ao redor do mundo, além de obras para as maiores empresas nacionais e internacionais. Ganhou destaque pela criação da obra “Touro de Ouro” da Bolsa de Valores – B3 e pela escultura do Bira, uma das principais mascotes do Botafogo, em comemoração do aniversário de 130 anos do time.