Uma fatalidade ocorrida na tarde desta terça-feira (26), em uma clínica no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, resultou na morte de uma mulher de 31 anos enquanto realizava um procedimento conhecido como “hidrolipo”. A vítima, que passou por intervenções na região das costas e do abdômen, entrou em parada cardíaca e segundo médicos que foram acionados para seu atendimento, a provável causa foi uma embolia pulmonar.
A hidrolipo consiste em utilizar uma solução líquida especial para facilitar a remoção de gordura localizada. Entretanto, em alguns casos pode ser fatal devido ao grande potencial para desenvolvimento de tromboses e embolias, que exigem a realização de exames Realize exames pré-operatórios detalhados, como hemograma, coagulograma e avaliação cardiovascular.
“Os coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo em um vaso sanguíneo impedem que o sangue alcance de forma adequada determinados tecidos e órgãos, podendo causar danos graves ou até fatalidades, dependendo da localização e da gravidade do bloqueio. A hidrolipo deve ser realizada com uma técnica cuidadosa para evitar lesões em vasos que possam permitir a entrada de gordura na circulação. A quantidade aspirada deve respeitar os limites seguros que normalmente são até 5% do peso corporal”, explica a Dra. Gisele Schrama, cirurgiã geral com foco em estética e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
A médica também destaca a importância de suspender sob orientação profissional, o uso de medicamentos e suplementos que possam aumentar riscos de sangramento ou formação de coágulos, como aspirina, anti-inflamatórios e hormônios. Já em caso de pacientes obesos, um peso saudável pode reduzir os riscos. Além disso, ela alerta para o papel das redes sociais na banalização de intervenções estéticas, como foi no caso da jovem em São Paulo, que contratou o procedimento pelas redes sociais e fez pagamentos por transferências bancárias.
“Promessas milagrosas, preços baixos e influenciadores sem qualificação têm levado pessoas a correrem riscos desnecessários. É preciso lembrar que beleza e saúde devem andar juntas. Pesquise o profissional, verifique se ele possui registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou na entidade reguladora correspondente, avalie a estrutura da clínica, normas de vigilância sanitária e suporte para emergências, entenda todas as etapas do procedimento, tire dúvidas sobre possíveis complicações e evite decisões impulsivas baseadas em promoções ou modismos. Investir em segurança não é luxo, é prioridade.”, pontua.