O primeiro ano na escola e as doenças: como proteger seu filho e quando se preocupar

O início da vida escolar é um marco importante para bebês e crianças pequenas. No entanto, muitos pais notam que seus filhos adoecem com frequência ao longo desse primeiro ano. Isso acontece porque o contato com outras crianças aumenta a exposição a vírus e bactérias, desafiando o sistema imunológico em formação.

De acordo com o pediatra Claáudio Ortega, de Niterói, é comum que os pequenos tenham infecções respiratórias e gastrointestinais com mais frequência nesse período. “A criança que ficava em casa tinha um contato restrito com agentes infecciosos. Na escola, ela passa a interagir com outras crianças e compartilhar brinquedos, o que facilita a disseminação de vírus e bactérias”, explica o especialista.

Saiba quais doenças são mais comuns no ambiente escolar

Entre os problemas de saúde que podem acontecer nas crianças que começam a frequentar a escola, destacam-se:

Pneumonia: Inflamação dos pulmões que pode causar tosse, febre e dificuldade respiratória.

Covid-19: Doença viral que pode apresentar febre, tosse, fadiga e perda de olfato ou paladar.

Bronquiolite: Infecção viral que afeta as vias aéreas inferiores, causando dificuldade respiratória.

Catapora (varicela): Infecção viral com bolhas avermelhadas e coceira intensa.

Coqueluche: Tosse intensa e prolongada causada por bactéria.

Caxumba: Infecção viral que incha as glândulas salivares.

Rubéola: Pode causar erupções e febre, sendo perigosa para gestantes.

Rotavírus: Principal causa de diarréiadiarreia severa em bebês e crianças pequenas.

Meningites: Infecção grave que inflama as membranas do cérebro e da medula.

Gripe (influenza): Doença respiratória viral com febre, dores no corpo e tosse.

Os sintomas dessas doenças variam, mas podem incluir febre, tosse, diarréiadiarreia, vômito, erupções na pele, fadiga e prostração. E são comuns a diversas viroses de curso rápido que também podem acontecer.

O que os pais podem fazer?

Embora esse processo seja esperado, algumas medidas podem minimizar o impacto e evitar quadros mais graves:

Higiene reforçada: Ensinar a criança a lavar as mãos regularmente e higienizar brinquedos compartilhados.

Alimentação equilibrada: Oferecer uma dieta rica em nutrientes fortalece o sistema imunológico.

Sono adequado: O descanso é essencial para a imunidade.

Ambiente ventilado: Reduz a circulação de vírus e bactérias.

Estar com o esquema vacinal em dia, de preferência com a cobertura de vacinas mais ampla possível, antes do ingresso à escola.

Quando procurar o pediatra?

Mesmo sabendo que algumas doenças são comuns, Ortega sinaliza quais são os sinais de alerta, como: febre persistente por mais de três dias, dificuldade para respirar ou chiado no peito, prostração intensa, vômitos e diarreia que levam à desidratação

“O importante é observar o comportamento da criança. Se ela está abatida, se recusa a comer ou brincar, é um sinal de que o quadro pode ser mais sério e merece avaliação médica”, ressalta o pediatra.

O papel da vacinação na prevenção

Muitas dessas enfermidades podem ser prevenidas com a vacinação. “Doenças como gripe, pneumonia, meningite e coqueluche podem ser evitadas com vacinas disponíveis no calendário nacional”, destaca Ortega.

Manter a caderneta vacinal atualizada protege a criança e também reduz a circulação de vírus e bactérias no ambiente escolar, beneficiando toda a comunidade. Por isso, garantir que todas as doses estejam em dia é fundamental para um primeiro ano escolar mais tranquilo.

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