Outubro Rosa

O câncer de mama é um dos mais incidentes em mulheres no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), “em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres”. 

Nesse contexto, o Outubro Rosa é essencial para dar destaque à pauta do Câncer de Mama. Apesar de plural, a campanha tem objetivos bem delimitados, como evidencia a enfermeira especialista em Saúde da Família e Gestão em Saúde Pública, e coordenadora técnica de enfermagem da FeSaúde, Sabrina Costa Rêgo: 

“A campanha Outubro Rosa tem como objetivo compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade”. 

É importante também destacar como a campanha mudou ao longo dos anos, como destaca o médico de família e comunidade da FeSaúde, Dr. Pedro Corrêa: 

“Antes a campanha tinha um foco mais voltado para a detecção do câncer de mama, mas nos últimos anos ela tem tentando agregar outras questões da saúde feminina, principalmente ligadas ao corpo, autocuidado e autoestima”. 

Fazer o autoexame é uma forma de prevenção? 

O autoexame é aquele em que a própria mulher examina as mamas à procura de algum tipo de alteração. Apesar de, durante o Outubro Rosa, ser bastante comum o incentivo ao autoexame, atualmente essa prática tem sido contraindicada. 

“Atualmente não se recomenda o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama. Grandes estudos sobre o tema demonstraram baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática”, afirma Sabrina Costa. 

Pedro Corrêa explica que houve essa alteração tendo em vista que “o autoexame pode passar uma sensação errada de que a mulher está segura, caso não sinta nenhuma alteração nas mamas, quando na verdade ela pode apenas não ter habilidade para fazer o exame de forma correta”.  

Nesse contexto, a coordenadora técnica de enfermagem ainda alerta:  

“A postura atenta das mulheres no conhecimento do seu corpo e no reconhecimento de alterações suspeitas é importante e, caso seja observada alguma alteração, deve-se procurar um serviço de saúde o mais cedo possível”.  

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