Hoje temos mais um relato de uma leitora .
Vamos chamá-la de Nina .
Nina me enviou um email relatando uma situação que vivenciou a alguns dias .
Ela é Psicóloga , tem uma história bastante difícil com a aceitação de seu marido referente a ela trabalhar . Nina me conta que não acredita no sobrenatural , mas com essa situação que viveu , ela mudou seu modo de pensar .
Vamos ao relato de Nina .
Um anjo na noite
Era noite escura , eu não sabia para onde ir , tateei na escuridão o meu celular que havia colocado dentro da bolsa .
Pedro havia me deixado tonta de tanto falar , e eu , estava cansada demais para explicar a ele que era só imaginação da sua cabeça doentia tanto ciúmes . Minha cabeça doía demais depois de um dia cansativo de trabalho .Eu só queria chegar em casa e dormir. Mas ao contrário disso , o que aconteceu : meu marido Pedro , como sempre , estava fazendo suas cenas de ciúmes por eu estar trabalhando sem sua vontade . Então , bati a porta de casa e saí novamente .
Casei muito jovem , sabe quando namoramos e achamos o amor da nossa vida ? Pois bem , casei com meu primeiro namorado aos 18 anos .
Foi uma dificuldade para me formar , Pedro não aceitava, queria que eu ficasse em casa cuidando dos afazeres domésticos , mesmo assim , concluí a faculdade de Psicologia .
Com a ajuda do meu pai paguei a minha faculdade .
Longos anos estudando , após formada , montei meu consultório com uma amiga da faculdade . Pedro , para variar , não queria que eu trabalhasse, imaginem a luta para eu ter a minha independência ?
O tempo passou , conquistei meu espaço no mercado de trabalho , Pedro agora não podia reclamar , eu jamais iria parar de trabalhar .
Meu paizinho faleceu , eu fiquei desolada , era muito agarrada a ele .
Hoje no consultório , eu estava triste , já fazia 1 ano da morte do meu paizinho. Como sempre , queria ficar quieta , peguei meu carro na hora do intervalo de almoço e fui ao cemitério levar flores ao seu túmulo .
Naquela noite
Olhei no relógio já eram 23:00 horas , a noite estava fria , percebi que estava em uma rua escura , nem havia me dado conta do tempo, deixei o carro em frente a um bar e saí a caminhar lembrando do rosto de Pedro na sala quando abri a porta de casa ao chegar do trabalho . Ao notar que ele iria fazer mais uma de suas cenas , eu fechei a porta novamente , peguei meu carro e saí sem rumo .
Precisava voltar , pois estava ficando tarde . Retornei ao meu carro , mas antes de chegar a ele , eu entrei em um beco para fazer o percurso , senti um suspiro atrás de mim .Apurei os passos , o medo começou a tomar conta . Senti uma mão a me puxar , era um homem grande, estava com boné , escondia o rosto . Pediu a minha bolsa , dei a ele , mas não ficou contente , então começou a me agredir ao perceber que eu estava gritando .
Nesse momento , eu desmaiei , não vi mais nada . Ao acordar , vi um homem sobre os meus pés me chamando . Parecia que eu conhecia aquela voz , não era estranha . Olhei vagarosamente , parecia meu pai com o mesmo termo que o enterramos .
—— Amor , acorda , está na hora de ir para casa . Era a frase que eu ouvi .
Ouvi aquela voz ao longe como se fosse uma canção de ninar , ela estava desaparecendo lentamente, levantei – me e percebi que a minha bolsa estava ali ao meu lado , a peguei e fui embora. Aquele dia ficou marcado na minha memória , nunca o esqueci . Ao chegar em casa estava , meu marido Pedro preocupado pedindo desculpas a mim.