SETEMBRO AMARELO.


Cuidado com a saúde mental das mães atípicas deve ser redobrado, diz
especialista
Pesquisa mostra que mães de filhos com deficiência intelectual, como TEA e TDAH,
enfrentam um desgaste emocional 22% maior
No próximo dia 10 de setembro, comemora-se o Dia Mundial de Prevenção ao
Suicídio. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre o tema e, durante
todo o mês, a campanha Setembro Amarelo atua como um reforço.
Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações estão sendo
desenvolvidas para lembrar a importância desse tema. Contudo, é necessário dar uma
atenção ainda maior às mães de pessoas autistas, atípicas. “É fundamental falar, cuidar e apoiar as mães atípicas, que enfrentam desafios únicos e intensos ao cuidar
de filhos com neurodivergências, que leva há uma carga emocional e psicológica
significativa”, comenta Tatiana Serra, analista de Comportamento e Neuropsicóloga
pela USP e CEO do Direcional – Centro de Saúde em ABA.
A B2Mamy e a Kiddle Pass publicaram recentemente a primeira pesquisa sobre
Burnout Parental realizada no Brasil. O levantamento apresenta dados alarmantes
sobre a saúde mental das mães em diferentes contextos, incluindo as mães atípicas. A
pesquisa mostra que mães de filhos com deficiência intelectual, como TEA e TDAH,
enfrentam um desgaste emocional 22% maior. As mães atípicas frequentemente enfrentam questões sociais, falta de apoio e
sobrecarga de responsabilidades, o que pode aumentar o risco de depressão e
pensamentos suicidas. “É essencial que ofereçamos recursos de apoio adequados
para ajudá-las a enfrentar essas adversidades e promover saúde mental e bem-estar. Na minha clínica, temos um olhar diferenciado para essas mulheres, com foco em
autocuidado, apoio, carinho e abertura”, pontua Tatiana.
Estudos apontam que pais e mães de pessoas com autismo, vivem um nível de
estresse equiparado a soldados combatentes de guerra. Outro estudo indica que o
estresse parental reduz a eficácia das intervenções. Outros estudos apontam, a
dificuldade de adesão das mães/pais ao tratamento. Indicam ainda, que as mães de
pessoas autistas têm nível de estresse mais alto que os pais são maiores que famílias
de crianças com Deficiência Intelectual e Síndrome de Down. Foi identificado ainda,
que o estresse parental, tem relação com a redução ou limitação a atividades de
interesse de cada responsável. “Dessa forma, criamos o Projeto “Cuidado Ampliado”
que visa oferecer atendimento estendido tanto para os pais, quanto para os irmãos e
avós dos clientes atendidos no Direcional, com psicoterapia, rodas de conversas e
acolhimento, oficinas, treinamentos, palestras, avaliação diagnóstica, SpaceCare e
espera assistida com a finalidade de ampliar os cuidados para as necessidades
específicas de cada indivíduo atendido, visando a melhoria da sua qualidade de vida”,
finaliza.
Sobre
Tatiana Serra, é Psicóloga pela UNIP (CRP06/123778), Analista do Comportamento e
Neuropsicóloga pela USP. Formada em Organizational Behavior Managment (OBM). Autora do
best-seller Autismo: olhar 360. CEO do Direcional – Centro de Saúde em ABA e do Instituto
ABA360, Cuidado Ampliado para famílias neurodiversas. Idealizadora e Apresentadora do
podcast “Fiz do meu jeito”. Atuando há 12 anos, Tatiana Serra desenvolveu estratégias de
tratamentos a partir da Ciência ABA, e acredita que o diferencial do seu trabalho é o seu olhar
360 graus combinados com ações 360 a partir da Ciência ABA.

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