Diante do crescimento de relatos sobre falsificação de canetas de aplicação de Ozempic (semaglutida), além de ofertas de medicamentos contendo tirzepatida, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) emitiram nesta quarta-feira, 23, uma nota de alerta à população, destacando os riscos à saúde associados ao uso de medicamentos falsificados e orientando os pacientes a terem cuidado redobrado ao adquirir esses produtos.
A nota ressalta que, no Brasil, a semaglutida é comercializada nas seguintes apresentações: Ozempic (canetas subcutâneas de 0,5 mg e 1,0 mg), Wegovy (canetas subcutâneas de 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg, 1,7 mg e 2,4 mg) e Rybelsus (comprimidos orais de 3,0 mg, 7,0 mg e 14 mg). Já a tirzepatida, substância comercializada mundialmente sob a marca Mounjaro, ainda não é comercializada, mas todas as apresentações disponíveis no exterior são para uso subcutâneo e incluem canetas descartáveis de doses entre 2,5 mg e 15 mg.
A SBEM alerta que medicamentos falsificados podem conter substâncias perigosas e sem controle de qualidade, podendo provocar graves efeitos adversos e ineficácia terapêutica. Em se tratando de doenças crônicas como o diabetes, o uso de produtos falsificados pode colocar em risco a vida dos pacientes, comprometendo o tratamento adequado.
SBEM, Abeso e SBD reforçam a importância de adquirir medicamentos apenas em farmácias físicas de confiança ou plataformas online autorizadas pela Anvisa (lista disponível no site da entidade). “Pacientes devem sempre verificar a embalagem e a origem dos produtos”, destaca Paulo Miranda, presidente da SBEM.
As entidades recomendam que qualquer suspeita de falsificação seja denunciada imediatamente às autoridades sanitárias.